sábado, 12 de dezembro de 2009

Tomar café não corta efeitos do álcool, indica estudo


Um estudo realizado nos Estados Unidos sugere que tomar café não acaba com os efeitos de uma bebedeira, diferentemente do que diz a crença popular.
Segundo os cientistas responsáveis pela pesquisa, o que o café parece fazer é tornar mais difícil para o alcoolizado perceber que está bêbado.
No estudo, da Universidade de Temple, na cidade de Filadélfia, camundongos foram submetidos a ruídos altos e luzes brilhantes, ficando assustados e sendo forçados a seguir por um labirinto para fugir.

Os animais receberam doses de bebidas alcoólicas e cafeína em várias combinações diferentes, e o desempenho deles no labirinto foi comparado ao desempenho de outros ratos que receberam apenas uma solução salina neutra.
Os camundongos que receberam doses de álcool aparentaram estar mais relaxados, porém menos capazes de se moverem pelo labirinto para fugir dos sustos.
Os que receberam doses de cafeína ficaram mais alertas e se movimentaram melhor na fuga pelo labirinto.
Mas a combinação entre cafeína e bebida alcoólica, embora tenha resultado em camundongos um pouco mais alertas, não garantiu que eles conseguissem fugir pelo labirinto, evitando os sustos.

‘Mito’
Os pesquisadores acreditam que, em humanos, a combinação faz com que as pessoas sintam que não estão bêbadas, quando, na verdade, elas ainda estão sob efeito do álcool.
"É importante acabar com o mito sobre o poder do café de cortar o efeito do álcool, pois o consumo de cafeína e álcool pode na verdade levar a decisões erradas com resultados desastrosos", afirmou o líder da pesquisa, Thomas Gould.
"Pessoas que se sentem cansadas e embriagadas depois de consumir bebidas alcoólicas podem ter maior probabilidade de admitir que estão bêbadas."
"Por outro lado, pessoas que consumiram bebidas alcoólicas e cafeína podem sentir que estão em condições de lidar com situações potencialmente perigosas, como dirigir sob efeito da bebida", acrescentou.
A pesquisa foi publicada na publicação especializada Behavioural Neuroscience.

FONTE: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/bbc/2009/12/09/tomar-cafe-nao-corta-efeitos-do-alcool-indica-estudo.jhtm

domingo, 6 de dezembro de 2009

O ALCOOLISMO DÁ EM TODO TIPO DE GENTE


Uma das lendas sobre sobre o alcoolismo é que ele seja causado pela miséria. A vida se tornaria tão dura que, para anestesiar-se, o miserável se refugiaria no álcool. Isso não é verdade. O etilismo ocorre com a mesma frequência em países pobres ou ricos, países capitalistas ou socialistas. Dá tanto em rico quanto em pobre, tanto em branco quanto em preto. Não é sintoma de problemas sociais. Também não é doença de gente triste. Registram-se os mesmos 13% entre pessoas frustradas ou bem-sucedidas, bem-amadas, tímidas ou extrovertidas, angustiadas ou tranquilas. Não há conexão direta entre alcoolismo e fossa.

Outra lenda é que o alcoolismo seria decorrência do clima frio. As pessoas iriam se “viciando” no álcool por recorrerem frequentemente a ele para aquecer o corpo. Também isso não é verdade: em países tropicais bebe-se tanto quanto nos países nórdicos – baiano não bebe menos do que sueco ou esquimó.

A compulsão ao álcool não tem igualmente nada a ver com gula ou voracidade. Dá com a mesma regularidade em gordos e magros, gulosos e frugais. É óbvio que o alcoolismo é uma voracidade, só que é uma voracidade restrita ao álcool. Um alcoólatra pode perfeitamente ser uma pessoa moderada em tudo o mais.

Tampouco existem tipos de personalidade mais sensíveis ao álcool. Se muitos alcoólatras são violentos, paranóicos, ciumentos, muitos não o são, ou só ficam assim quando estão bêbados, se bem que muito bêbado é meigo, tranquilo, manso, mesmo no auge do pileque.

O fato de se ficar embriagado com pouco álcool ou de não se mostrar alterado nem com muito álcool também não quer dizer nada. Muito alcoólatra fica bêbado na primeira dose, e outros não se embriagam nem depois de beberem um litro. A única vantagem do alcoolismo de pequenas doses é que sai mais barato para quem está nele, caso não continue bebendo depois de bêbado...

Alcoolismo também não é coisa de gente preguiçosa ou fraca da vontade. Aquele atleta de ontem, que acordava com o nascer do sol e apresentava a mais férrea força de vontade, pode perfeitamente tornar-se o pau-d'água de amanhã.

A frequência com que se bebe, esta sim, é sugestiva de tendência ao alcoolismo, embora não seja fator decisivo. Muita gente bebe diariamente e jamais perde a moderação espontânea, enquanto outros bebem anualmente, num único fim de semana, mas aí ninguém segura. Porém, de maneira geral, o alcoólatra tende a beber cada vez mais, e mais habitualmente.



Eduardo Mascarenhas no site de Vander Campello: http://www.vandercampello.rg3.net/

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Alcoolismo



O comportamento humano de ingerir álcool (etanol; álcool etílico) é bem antigo. De acordo com registros arqueológicos, desde 6000 a.C. e na Idade Média, após a descoberta do processo de destilação, a bebida alcoólica passou a ser utilizada como remédio para alívio da dor. Em pleno século XXI, vemos o seu consumo facilitado por novas formas de oferta de álcool e, sobretudo, pela aceitação e incentivo da sociedade, apesar de ser considerada uma droga psicotrópica.

Ao ingerir álcool, todo indivíduo passa pelo efeito agudo, que pode ser estimulante (desinibição, euforia e facilidade para falar) ou depressor (descoordenação motora, desequilíbrio e sono). Através do metabolismo, o organismo remove a droga circulante. Porém, podem acontecer efeitos desagradáveis (dores de cabeça e mal-estar geral). A ingestão abusiva de bebidas alcoólicas pode acarretar a dependência de álcool. Tal condição é denominada alcoolismo. No alcoolismo, o organismo passa a ter tolerância crônica, que possibilita quantidades cada vez mais elevadas, aumentando as doses progressivamente para se livrar da abstinência. No quadro crônico, quando o indivíduo pára de beber por 6 ou 8 horas, acontece a síndrome de abstinência (problemas gastrointestinais, agitação psicomotora, distúrbio do sono e tremores nas mãos), sendo o delirium tremens a forma mais severa da síndrome. Como efeitos crônicos do álcool no corpo, surgem as doenças no fígado (cirrose hepática, hepatite alcoólica e esteatose hepática), entre outros problemas de sáude, como doenças cardiovasculares e traumatismos devido às freqüentes quedas.

Dentre os fatores biológicos e socioculturais como desencadeantes do alcoolismo estão os fatores psicológicos. Quando o indivíduo não se permite resolver seus conflitos emocionais, deixando de buscar algum tipo de ajuda, pode encontrar no consumo de álcool uma forma negativa de enfrentamento de vida, estabelecendo uma falsa crença de resolução. Em indivíduos alcoolistas, observam-se aspectos de estrutura de personalidade como intensa insegurança, distorção de valores, baixa auto-estima, introversão e rigidez de cárater. O tratamento do alcoolismo realiza-se através de medicamentos que amenizam os efeitos da síndrome de abstinência, desintoxicação, orientação nutricional e psicoterapia (individual e/ou familiar). Por se tratar de uma adição socialmente aceita, é difícil o reconhecimento por parte do dependente de que ele necessita de ajuda. Implicando tempo, perdas importantes (profissional, saúde e social), podendo afetar gravemente a estrutura familiar deste indivíduo. A bebida alcoólica pode fazer parte do nosso contexto social e cultural. Porém, devemos ter responsabilidade ao fazê-lo, pois é possível transformar um simples ato prazeroso em um problema, causando em nossas vidas e nas dos que nos cercam conseqüências destruidoras e irreversíveis.

Dra. Sandra Regina da Silva
08.03.2007

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

ALCOÓLICOS ANÔNIMOS


Um pouco sobre o A.A.

"Alcoolismo é uma das doenças que mais provoca óbitos entre seus portadores. Caracterizando-se por uma predisposição física aliada a uma obsessão mental, instala-se gradativamente na pessoa até dominá-la inteiramente. Irreversível, progressiva e incurável, atinge indistintamente homens e mulheres de todas as raças, credos ou condição social. Para que seus portadores não tenham como fim inevitável a loucura ou a morte prematura, só existe uma saída: deter a marcha da doença através da abstinência total e permanente do álcool. Essa tarefa não é fácil e para realizá-la o alcoólico precisa reaprender a viver.

É justamente para isso que existe Alcoólicos Anônimos, uma irmandade mundial de homens e mulheres, todos alcoólicos, que se ajudam mutuamente a manter a sobriedade e compartilham suas experiências com qualquer pessoa que possa ter problemas com seu modo de beber.

Alcoólicos Anônimos não se vincula a qualquer religião, movimento político ou instituição. Não faz internações, não realiza tratamentos médicos ou psiquiátricos nem proporciona serviços de enfermagem ou desintoxicação, hospitalização, medicamentos ou qualquer tratamento de saúde. Não se dedica nem patrocina pesquisas. Não oferece assistência religiosa. Não fornece abrigo, comida, roupas, empregos, dinheiro ou outros serviços de beneficiência ou assistência social. Não aceita dinheiro em pagamento por seus serviços ou quaisquer contribuições de fontes de fora da Irmandade.

Sua atuação se efetua através de um Programa de Recuperação, OS DOZE PASSOS, sugeridos para a prática diária na vida do alcoólico e de reuniões promovidas pelos Grupos de A.A., onde são trocadas experiências dos problemas vividos durante o alcoolismo ativo e como cada um está vivendo na sobriedade, fortalecendo-se assim, o desejo de permanecer abstinente.

A.A. não cobra taxas ou mensalidades. Sobrevive graças às contribuições voluntárias de seus membros, mantendo-se sempre livre de injunções políticas ou financeiras que possam vir a prejudicar seu propósito primordial: transmitir a mensagem ao alcoólico que ainda sofre.

Outra característica fundamental de Alcoólicos Anônimos é a colocação dos princípios da Irmandade acima das personalidades de seus membros, razão pela qual o anonimato de seus integrantes é cuidadosamente preservado.

Atualmente Alcoólicos Anônimos conta com cerca de 97 mil Grupos locais em mais de 150 países. No Brasil, somos cerca de 6 mil Grupos."

Texto tirado do site: http://tco21.no.sapo.pt/passos.htm